quarta-feira, 19 de novembro de 2014

A ESCOLA COMO ESPAÇO SOCIOCULTURAL, DE JUAREZ TARCISIO DAYRELL (p. 1 a 11)


Primeiros olhares sobre a escola

Falar da escola, enquanto instituição, como espaço sócio-cultural, demanda o resgate no papel dos sujeitos na trama social que a constitui. A partir da década de 80, surgiu uma nova idéia que coloca a pessoa, no centro do conhecimento como autor e sujeito desse mundo, onde tanto a natureza, quanto as estruturas, estão no centro da pessoa, o que significa que a natureza e a sociedade são antes de tudo humanas.
Dessa forma a instituição escolar seria resultado de um conflito de interesses, onde de um lado se encontra uma organização oficial do sistema escolar (que "define conteúdos da tarefa central, atribui funções, organiza, separa e hierarquiza o espaço); e  de outro, os sujeitos, que compreendem os alunos, professores, funcionários, criando uma trama que faz com que a escola seja um processo permanente de construção social. A escola como construção social implica,então, em  compreendê-la no seu fazer cotidiano, onde os sujeitos não são apenas agentes passivos, mas fazem parte de uma relação em contínua construção,de conflitos e negociações em função de momentos específicos.

A diversidade cultural

Antes de entender esse assunto, primeiramente, é preciso se fazer algumas perguntas como:

1. Quem são estes jovens? 
2. O que vão buscar na escola ? 
3. Qual o significado das experiências vivenciadas neste espaço
4. O que significa para eles a instituição escolar? 

Para grande parte dos professores, a resposta a essas perguntas é óbvia: são alunos. Essa categoria que vai mostrar seu olhar e a madeira como eles irão manter suas relações com esses jovens. Desse modo, todos os alunos são tratados como iguais, procurariam a escola pelos mesmos motivos e teriam os mesmo objetivos.
A escola é então uma instituição única, com os mesmos sentidos e objetivos, tendo a função de garantir a todos o acesso aos conhecimentos socialmente acumulados. Porém, esses conhecimentos seriam apenas considerados meros produtos sem ser considerado o valor dos processos, Tornando a escola um ‘objeto’, onde o que é valorizado são as provas e as notas e o objetivo da escola se reduz ao "passar de ano".
Contudo, precisamos levar em conta que os alunos são sujeitos sócio-culturais que chegam à escola com um acúmulo de experiências vividas, onde se baseiam para elaborar uma cultura própria. Dessa forma, esses jovens são o resultado de um abrangente processo educativo, que ocorre no cotidiano das relações sociais,nos elementos culturais que eles têm acesso, nas estruturas sociais onde se encontram e a suas contradições.
Para esses alunos a escola tem múltiplos sentidos como lugar de encontrar e conviver com os amigos; o lugar onde se aprende a ser "educado"; o lugar onde se aumenta os conhecimentos; o lugar onde se tira diploma e que possibilita passar em concursos. Então pode-se afirmar que todos os alunos têm, de alguma forma, uma razão para estar na escola.
Então cada aluno e a escola tem o seu próprio projeto, se pensarmos que a escolar é um espaço de formação humana, e não apenas de transmissão de conteúdos, a escola não teria que ser um local de reflexão e sim um lugar para ampliação dos projetos dos alunos. Essas implicações trazem desafios aos educadores para desenvolverem posturas e instrumentos metodológicos que propiciem o aprimoramento do seu olhar sobre o aluno, como sujeito, conhecendo as dimensões culturais em que o aluno é diferente, podendo resgatar a diferença como algo bom e não como deficiência.

Conclusão


É possível notar a importância de diversos fatores do processo de educação. A relação que existem entre o professor e o aluno é a mais delicada além de ser a que terá mais influência para que os projetos de educação sejam alcançados, escola e a motivação do aluno também são fatores de grande peso no processo de educação. A cumplicidade entre os dois é essencial para que o grupo caminhe de forma positiva, apesar de algumas vezes tanto o aluno quanto o professor possuem lideres “negativos” dificultando a ligação existente que por fim irá gerar um distúrbio na relação prejudicando não só os alunos quanto ao professor.

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